Luto por divorcio
Você sabia que o divorcio pode iniciar o processo de luto? Quando falamos sobre divorcio, descrevemos um rompimento de vínculos dentre parceiros (as) com expectativas de um final “Até que a morte nos separe”. O que era esperado da união em que não aconteceu? Nos dias atuais é possível perceber que as relações estão ficando mais “rasas”, com pouca conversa diária que contribui para o afastamento e consequentemente a separação. Observa-se através dos atendimentos clínicos que os vínculos são poucos fortalecidos, o quanto a falta de dialogo entre as famílias tem contribuído para divorcio. Por consequências quais as emoções e sentimentos que contempla essa fase do divorcio? Primeiramente é possível afirmar de um luto não reconhecido, o reconhecer a perda e a torna-la o processo real.
O luto não reconhecido é definido como um rompimento de vínculo não reconhecido socialmente. Todavia os sentimentos são privados, choro não tem espaço, a tristeza não tem valor. Como lidar quando as emoções que não são validados? O caminho mais leve, não quer dizer que seja mais fácil é acolher os sentimentos, dar espaço para o sentir, pensar em atividades que proporcione um dia diferente que eleve a autoestima. Certamente não precisa ser grandes atividades, uma vez que, no divorcio o luto tem sua intensidade de dor e o enlutado não tem muita disposição para “dar conta” de tudo. Antes de despertar o o desejo de reinvestir em sua historia, autoestima e autocuidado, se faz necessário através da psicoterapia oferecer o espaço para o sentir, reconhecer suas fragilidades e se recolocar no mundo.
Antes de avivar o o desejo de reinvestir em sua historia, autoestima e autocuidado, se faz necessário através da psicoterapia oferecer o espaço seguro para o sentir, reconhecer suas fragilidades e se recolocar no mundo. Para entendermos melhor sobre o Luto no divorcio os aspectos sociais tem grande importância para caracterizar o luto com determinações de comportamentos do enlutado, sobre como devem ser expressar os seus sentimentos. O fator empatia tem sido muito falado no luto na tentativa de ser o suporte emocional, todavia sentiremos compadecidos pelo sofrimento, porém nunca poderemos sentir a dor do outro na sua totalidade, porque cada pessoa tem a sua forma de expressar o que sente, por diferentes fatores, como por exemplo culturais, familiares que modulam a forma de sentir.
Deixar sentir é uma das grandes ferramentas para reelaboração, através da tristeza, choro e da fala repetida sobre divorcio, na maioria das vezes não é permitido em suas relações sociais seja em casa ou com amigos. A tristeza é uma emoção as pessoas tentam concertar, esse concerto aparente como se fosse hipoteticamente colocar um esparadrapo na dor e assim deixar de lado o sentir, colocando outras prioridades no lugar na tentativa de resolver aquela dor, todavia esse modelo de cuidado com a dor, nada mais é do que procrastinar um sentimento que precisa ter espaço agora. Porque não sentir agora que esta doendo? Porque esconder uma a dor? Então faço-lhe uma pergunta, quais expectativas que você gostaria de atender? São pequenos passos e permissão do sentir, que os torna esse processo mais leve, uma vez que, a escolha seja você!
No processo de luto por divorcio, a psicoterapia é o lugar que você compartilha sua essência, sentimentos e emoções mais intrínsecas, em uma escuta sem julgamento e validação dos sentimentos. Então pouco reconhecer suas necessidades imediata como por exemplo: as emoções, questões familiares, financeiras pós rompimento do vínculos, certamente se faz tão necessário com propósito de adaptação à nova vida por meio de escolhas próprias ou com auxilio de redes de apoio como familiares e amigos no inicio da adaptação a vida nova. Dê essa oportunidade de autocuidado que certamente fará toda diferença no seu processo de luto, por sua vez, o luto é um processo de oscilações de emoções e uma vivência, contudo não fases lineares ou que existe um tempo para passar por todas elas você de fato superou. Pense nisso!
Deixe um comentário